quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ainda hoje

Ainda hoje sinto….
Como um aroma esquecido
O perfume que ficou…
Ao partires!
Ao partires meu coração!
Ainda hoje me magoa…
O inolvidante som.
Da tua inebriante voz.
Voz que me persegue.
Em sonhos de decepção.
E se esquecer o passado,
Se desprezar o amor…
Se matar o coração.
Vou abdicar de viver…
De pensar… de sofrer,
De falecer de paixão.
Valerá a pena???
Amar e não ser amado…
Existir condenado…
A sofrer! A chorar.
A morrer… para respirar!
Se não te amar,
Não subsisto!!!
Mas se te amar, não resisto…
Não resisto! A te magoar…
A te fazer sofrer,
A te desesperar … por amor!
Não resisto.
E insisto, ate perecer a afeição!
Pois amei, e sofri…
Verti mágoa e resisti!
E se hoje sou assim…
Tão imperceptível…
Tão difícil e explosiva
Não te culpabilizo.
Pois se sofri… e se morri!
Era porque foi preciso!
Foi preciso existir…
Sem afecto, sem paixão.
Foi preciso sofrer
Para descobrir…
Que afinal sobrevivo…
Sem coração.

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