sábado, 31 de março de 2007
presa
Sinto-me presa,
Presa a estas quatro paredes que me sufocam,
Presa a este amor que não me larga.
Atiro-me ao mar para não mais voltar,
Mas esse meu velho amigo
Traz-me de novo à vida ao sabor da corrente,
Acarinhando-me suavemente com as suas ondas.
Ondas essas que me afogam o rosto
E aliviam a minha dor.
Estou presa a sentimentos de raiva, ódio, …
Sinto que estou à beira do imaginário,
Mesmo à beirinha,
Onde só me apetece voar por cima da espuma do Oceano,
Voar por cima de tudo!
Mas estou presa a este corpo sem asas,
Que não me deixa alcançar o destino.
Evapora-se o irreal e cai a noite
De novo me prendo a esse amor.
Mas porquê, se o amor só nos faz sofrer?
Sofremos com a distância, com a presença …
Depois vêm os velhos para nos fazerem a cabeça.
De novo todo o ódio do mundo se apodera de nós.
E em menos de nada … choramos.
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